" Só somos porque estamos sendo. Estar sendo é a condição, entre nós, para ser." Paulo Freire

segunda-feira, 11 de julho de 2011

GREVE ?!

Definição até quarta-feira

11 de julho de 2011

Os professores foram colocados num beco sem saída. Darão plantão na Assembléia Legislativa para que o projeto de lei seja rejeitado. O governo tem maioria tranqüila e poderá transferir a decisão para agosto. Neste cenário, há o risco de maior esvaziamento da greve. Os professores teriam condições de reverter esta situação desconfortável, colocando o governo em sinuca, se a greve ganhasse mais força esta semana, mantendo a paralisação no noticiário político. Ou, então, com a rejeição do projeto pela maioria parlamentar, possibilidade muito distante, senão impossível.

A rejeição seria o pior cenário para o governo e o ideal para os professores. Raimundo Colombo teria que reabrir negociações para enviar um novo projeto, em condições mais favoráveis ao magistério.

O governador enfatizou que estão encerradas as negociações. Os secretário Antônio Ceron reiterou na convenção de fundação do PSD que “não há mais espaços para negociações”, ao anunciar de forma categórica que “a greve termina esta semana”. Confirmou também que a Secretaria da Educação começará a contratar professores para substituição dos grevistas. O endurecimento do jogo foi anunciado pelo próprio Raimundo Colombo, quando alvo de protestos. Ele perdeu a calmam, chamou os grevistas de anarquistas e antecipou que agora o governo vai atuar com todo rigor.

A semana terá outra definição relevante que pode criar um fato novo: a decisão do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que deverá decidir sobre o pedido de suspensão da liminar do juiz Hélio do Valle Pereira, mandando o governo devolver imediatamente os descontos salariais dos grevistas. A liminar não foi cumprida. Foi depois confirmada pelo desembargador Gaspar Rubick. O juiz deu prazo ao governo, fixando multa pelo descumprimento. Nada aconteceu. O governo alega que o Judiciário descontou dos servidores da Justiça que fizeram greve e não adota o mesmo procedimento para o Executivo. A questão, contudo, é de outra ordem. Se a Justiça tivesse decretado a ilegalidade da greve os professores não teriam que retornar às escolas?

TEXTO RETIRADO DO BLOG DE MOACIR PEREIRA

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